7 de abril de 2011

Incondicional

                                                                    
Costumo sempre te deixar em último plano, para ficar me preocupando com quem na verdade nunca demonstrou o mínimo dos interesses em conviver comigo, sei que isso não é certo. Assim como também sei que é pequena, ainda não é 'gente grande', seu tamanho, felizmente, não lhe permite quentenda o que se passa à sua volta, pode ser que sua inocência seja seu maior escudo. Mas prometo que darei o devido valor e amor que merece, que lhe cabe e é de direito.
Quando nasceu, pensei que tudo que era meu, até então, teria que dividir a partir de já, como a mãe, a atenção dos familiares. Fiquei no meu canto, sondando, apenas observando o novo integrante do grupo. Então, cansado de supor, passei do campo hipotético para o da prática, sabe como é isso. Te peguei nos braços pela primeira vez e percebi que o amor fraternal que depositava em você, poderia ser então correspondido. Assim que anoiteceu e fui dormir, não parava de pensar naquele momento e perceber que de certa forma tudo aquilo foi surreal. Afinal, era minha primeira irmã, saiu do mesmo ventre que eu, e iria também sentir o carinho fraternal que tive durante os 13 anos de vida. Com tudo isso que aconteceu, os anos que se passaram, queria dizer que você é a minha única e verdadeira irmã, tenho pleno foco quanto a isso, não perdi a razão, apenas não costumo perceber as zonas periféricas de minha vida, os detalhes passageiros em si.