6 de abril de 2011

Anti - paradoxo - I

' O mundo é um lugar perigoso para se viver, não exatamente por causa das pessoas que são más, mas por causa das pessoa que não fazem nada quanto a isso '.   [Albert Einstein]

' Só se vê bem com o coração.O essencial é invisível aos olhos '. [O pequeno príncipe]


                                             
 É óbvio que não podemos atribuir somente à genética e à evolução biológica a nossa capacidade de solidariedade e de compaixão. A cultura à qual somos expostos em uma determinada sociedade também nos influência em diversos aspectos de nossa personalidade. Uma coisa é saber o que deve ser feito, outra coisa é agir de acordo com esse preceito. Somos dotados não só do senso inato de moralidade, mas também de sutil inteligência para estratégias.
 De certo modo o 'saber' e o 'ser' já foram bens de alto valor moral social. Hoje vivemos os tempos do 'ter', em que não importa o que uma pessoa saiba ou faça, e sim que ela tenha dinheiro para pagar por sua arrogância e faltas de caráter. Nesse cenário propício surge  a cultura da 'esperteza'. O pior dessa cultura é que seus membros sociais não se continham apenas com o 'ter', é necessário exibir e ostentar todos os seus bens. Assim ninguém esquece, por um instante sequer, quem são os donos da festa. Vivemos em meio a uma cultura que privilegia o indivíduo, de certo modo, em oposição à humanidade como um todo. Esse fato entre outros, mostra que nossos equivocados valores começam a comprometer nosso futuro como espécie dominante. Evoluímos até aqui por nossas habilidades sociais, e não por 'predadorismo'. Se quisermos manter nossa supremacia biológica no mundo natural, teremos que rever nossos conceitos, nos baseando na solidariedade e no sucesso da coletividade.